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Adolescente acusa 3 pastores de tortura e sequestro em Cuiabá

Redação do GD


Uma adolescente de 17 anos acusa 3 pastores da igreja evangélica Ministério Sal da Terra, de tortura, agressão e sequestro, em Cuiabá. A adolescente foi levada de casa no último dia 9 deste mês, espancada e ameaçada. A sessão de tortura estaria relacionada com um ritual da igreja.

Reprodução TV Record

Mãe da adolescente torturada

A mãe dela registrou boletins de ocorrências e a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) investiga. A menor realizou exame pericial, que deu positivo para agressões.

Em entrevista para o programa Cadeia Neles, da TV Record, canal 10, a adolescente explica que participava de cultos da igreja em Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá), cidade onde iniciaram as agressões. O motivo seria porque ela questionava os métodos dos pastores.

Em uma ocasião, ela foi arremessada ao chão e sofreu um corte profundo na cabeça, durante o culto. De volta para Cuiabá, a menor passou a receber ameaças dos pastores Ely Borges, Viviane Araújo e o jornalista Andersen Navarro.

Segundo a mãe da menor, o apresentador de um telejornal seria responsável por passar em frente de sua casa, no Parque Cuiabá, e ameaçá-las. Ela disse desconhecer a profissão do pastor até então.

Na tarde de sábado (9), a adolescente foi levada de casa desacordada por conta de produtos químicos e com os olhos vendados, submetida à tortura e ameaças psicológicas. A mãe não estava, e registrou o desaparecimento da menor. A jovem alega que ouvia outra pessoa pedindo por socorro, no local da tortura.

"A pastora dava tapas na minha cara e eles falavam que iriam me degolar, que cortariam a minha garganta". Conforme a vítima, os pastores diziam que ela deveria cumprir todo o ritual.

"Acredito que seja uma seita satânica que tem como alvo os nossos adolescentes", relatou a mãe. O jornalista Anderson Navarro, explicou por telefone que na função de pastor conhece muitas pessoas, mas que não se lembra da jovem, tampouco acredita nas agressões. "Estou em Ponta Porã (MS), e desconheço totalmente essa história".

Delegado Eduardo Botelho, da Deddica, esclarece que o caso está sob investigação e que primeiramente deve identificar quais crimes foram cometidos. Testemunhas devem ser ouvidas, assim como a vítima que estaria com a jovem no dia da tortura.

Assista reportagem completa

Gazeta Digital

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